terça-feira, 17 de julho de 2007

O Canadá


Estas são as meninas do handebol feminino do Canadá. Disputam medalha? Não. Jogam bem? Não? Então estão aqui pq são loiras? hummm...tamb...ops, não, não saio por aí 'me encantando' por qualquer loira! Entram no primeiro post deste blog porque fazem parte da série "coisas que eu nunca achei que veria".
A seleção brasileira masculina massacrou o Canadá, mas o que mais me impressionou foi o 'espírito esportivo' dessas 'torcedoras'. Placar contra aumentando e a animação delas também. Cheguei à quadra no intervalo do jogo, vindo de uma maratona de beisebol q conto mais adiante e as encontrei 'dançando samba'. Começa a segunda etapa, o Brasil deslancha no placar, vem a 'ola' e...pronto. O jogo pra mim acabou ali. Encantadas, elas se dividiram entre torcer e ensaiar uma 'ola' particular que começa a chamar ateção da arquibancada mais próxima que começa a acompanhá-las que se empolgam mais ainda que empolgam mais ainda um público cada vez maior e então dá-se a magia: Elas iniciam uma 'ola' que passa por todo o ginásio. Duas vezes.
O jogo? ah...o jogo...Brasil 31 x 12 Canadá. Na frieza dos números.
Escrevi mais acima que as canadenses foram o que de melhor aconteceu 'durante' o jogo porque após a partida, quando eu não esperava ver nada mais gentil e simpárico do que a festa delas, novamente me surpreendi. Cheguei à sala da coletiva, logo em seguida chegaram o técnico e o capitão da seleção canadense. E esperamos. E esperamos. E chegou o técnico e o goleiro brasileiro. E esperamos. Depois de uns 10min, chegou o tradutor de francês (eram 'candadenses do lado francês' o atleta e o treinador), se desculpou, disse que começaria coletiva pelos visitantes e aí, após tomarem uma lavada e esperarem 15min para começarem a falar...
Mohammed (treinador): "Antes de tudo quero dizer que estou realmente impressionado de forma positiva com as instalações, a organização e qualidade destes jogos. Quanto ao povo brasileiro, tinha as melhores impressões, mas minhas expectativas foram todas superadas. Quanto ao que aconteceu no ginásio, hoje sou um homem invejoso. No meu país jamais vi uma quadra tão cheia para um jogo de handebol. E em qualquer outro lugar do mundo nunca pude ver um público tão animado. Fizemos o que pudemos contra uma seleção que, confesso, não acreditava ter potencial para chegar além do bronze, mas hoje, pelo jogo maravilhoso apresentado e pela força desse público contagiante, tenho certeza que brigará pelo ouro".

Max Godin: (capitão): "Eu nunca mais vou esquecer esse jogo. Pela primeira vez não consegui conversar com meus companheiros durante uma partida. É claro que a torcida motivou mais os brasileiros, que jogaram muito bem. Mas confesso ter usado essa energia para me esforçar ainda mais e tentar apresentar o espetáculo de qualidade que cada torcedor que veio aqui merecia ver".

Chovia torrencialmente antes da coletiva. Os canadenses chegaram com os tênis molhados e protegidos pelo guarda-chuva e a gentileza de uma das organizadoras-voluntárias. É...jogar handebol parece de fato não ser o forte deles. Mas devem ter inventado a diplomacia.
Antes de tudo isso...frio, chuva e um esporte que eu não entendo. Tirando o almoço divertidíssimo com o Sr Antônio (motorista e filósofo contemporâneo) e o Raul (fotógrafo e melhor amigo de Murphy, aquele, da Lei), foram três horas olhando, olhando, olhando, perguntando e não entendendo absolutamente nada do que acontecia no campo. De positivo, a gentileza dos voluntários e organizadores (colocaram os melhores na instalação mais horrorosa q vi até agora. Lama pura e distâncias quilométricas) e umas fotos 'amplas'.
Nelson Rodrigues criou em suas crônicas esportivas uma personagem chamada 'Grã-fina das narinas de cadáver'. Ela freqüentava o Maracanã apenas por 'esporte boêmio', para ver e ser vista. E não entendia nada de futebol. Passava vergonha quando, aos 30 do segundo tempo, perguntava: "Quem é a bola?". Pois bem...sou a 'grã-fina das narinas de cadáver' do beisebol.
Definitivamente existe algo mais difícil de entender do que física.

7 comentários:

Anônimo disse...

Essa galera canadense tem mesmo espírito esportivo hehehe

Viva os canadenses!! Viva!!

Beijos

Anônimo disse...

Show! Mas a Jade não merece um post não? Beijo. Carolina

Um pouco de tudo disse...

O povo brasileiro contagia mesmo, as canadenses primeiro e depois os canadenses, mostraram que aprenderam um pouco com a alegria brasileira!!!!! Parabéns a eles o espírito esportivo é assim mesmo, o que vale é competir e se divertir, ainda mais quando eles perdem para nós hahahaha brincadeira!!!!
Beisebol é difícil estou orgulhosa de você ter tentado!!!
Agora concordo com o post da Carolina, você não pode esquecer da Jade, do Diego e do Tiago da natação!!!!! Viva todos os espostistas que estão lutando com garra!!!!!Bjussss

Flavio Cond disse...

caray, resgataste a "grã-fina das narinas de cadáver"... Muito bom!

Os homi é tudo alce canadense!

Show de bola aqui. Favoritei !

abração
F

Anônimo disse...

Nossa, as canadenses devem ser bem mais educadas! eu odeio asistir as vaias da torcida para as americanas, cubanas e qq outra adversária. Ontem na GIn´stica foi o cúmulo para mim.
beijosssssssss

Anônimo disse...

hahahahahahahahahahahaha

perfeitooooooo, realmente uma das poucas pautas em que não presenciamos a vergonha do modismo carioca que agora optou pelas vaias aos norte-americanos...

Amigo de Murphy foi otimo hahahaha to rindo até agora, você ta sabendo melhor do que ninguém como isso é verdade, oooooo fase ruim! hahahahaha

Abraços

Unknown disse...

Adorei a maneira culta e polida de dizer que os brasileiros ainda não sabem lidar com a boa vizinhança quando se trata de jogos internacionais...Belo ponto de vista...Cláudio,amei....